Babi Jaques e Lassere, a dupla de Recife em (Des)entrevista

Para essa edição da coluna (Des)entrevista, nossa colaboradora Marília Souza conversou com a dupla recifense Babi Jaques e Lassere.

Os artistas Babi Jaques e Lassere, emergiram da cidade de Recife/PE, de onde levaram a sua arte para outras cidades do Brasil e expandiram também para o Uruguai, Argentina e França juntamente com o grupo Babi Jaques e os Sicilianos. Este ano de 2019, a talentosa dupla está com um novo espetáculo, Sóis.

Foto por: Quânticos Atos Criativos

M.S.: Sóis, um espetáculo que une artes visuais e música, perfomance e astrologia, ao encanto do misticismo com os astros. Vamos conhecer mais de Sóis, pelos próprios autores: Quais são os instrumentos musicais que foram utilizados para compor essa experiência sensorial? Quais as questões artísticas e filosóficas são abordadas nas apresentações e dedicadas no álbum?

Studio na Colab55

B & L: Desde o início a gente tinha o intuito de trabalhar sons orgânicos e eletrônicos e fazer um som diferente do que já fizemos com outras bandas que participamos. Quando começamos a criar o trabalho como duo pensamos logo em controladores, sintetizadores, soltar samplers e beats, mas temos uma relação muito forte com a percussão e instrumentos de corda como violão e ukulele. Então resolvemos juntar tudo isso com as nossas referências e essências. Lasserre tem uma relação com a percussão desde criança. É o seu primeiro instrumento. Então, no disco ao mesmo tempo você ouve batidas eletrônicas vai ouvir sons de berimbau, tambor falante, congas, timbale e outras sons orgânicos percussivos. Deixamos fluir mais as nossas raízes e acabou virando um som tropical, que ao mesmo tempo que tem influencia de Alceu Valença tem de Portishead. O trabalho aborda sobre a relação entre o som e a luz, autoconhecimento, sincronicidade, discute a natureza humana, a mente, ao mesmo tempo que também presa por uma harmonia, positividade e resiliência. É luz e escuridão, porque um precisa do outro pra ter equilíbrio. É Sóis por conta disso. Na tentativa de ver luz na escuridão. Em meio aos tempos sombrios que vivemos, a batalha diária de deixar a mente limpa, resiliente, escolhemos esse nome porque precisamos de luz e queremos transmitir isso também. E todo mundo é um ponto de concentração de luz. Então, o trabalho tem esse intuito de contagiar as pessoas com sons, mensagens e reflexões para o bem.

Foto por: Quânticos Atos Criativos

M.S.: No álbum Coisa Nostra do grupo: Babi Jaques e os Sicilianos, lançado após um período de apresentações, além de um som envolvente e expressivo podemos notar as temáticas de culturais; do frevo ao teatro. A canção Lágrimas de Palhaço foi destaque no Prêmio: Moenda da Canção Nativa e premiada na categoria Melhor Interprete e Melhor Visual do Palco. Como foi realizada a produção do videoclipe Hino de Batutas de São José – Coisa Nostra & Maestro Spok (Sabe lá o que é isso)?

B & L: Babi foi convidada para cantar no lançamento do livro A mulher que queria ser Micheliny Verunski do escritor e cineasta Wilson Freire. E a partir dali fomos presenteados com sua amizade. Chegamos a gravar e tocar outras músicas dele, inclusive frevos. Por a gente fazer uns frevos diferentões, no meio de 2011 pensamos em fazer junto com Wilson um documentário sobre as transformações do frevo e que no meio disso resultasse numa releitura do frevo “Sabe lá o que é isso?” Que é o Hino de Batutas de São José, do Bloco Carnavalesco que festejou 80 anos no ano seguinte. E claro que quando pensamos em falar sobre transformações do frevo pensamos logo no Maestro Spok. Lasserre fez o convite, pois já participou do Orquestrão, que é um dos projeto de Spok conhecido por encerrar o carnaval de Recife.

Foi uma produção toda independente, cheia de vontade que para nossa alegria ainda circulou alguns festivais como a MIMO e Festival de Inverno de Amparo (SP) e São João Del Rey (MG). Foi também a nossa primeira experiência em produzir um filme e a partir dali entramos cada vez mais no mundo audiovisual e até montamos uma produtora a Quânticos Atos Criativos. Podemos dizer que isso tudo foi um impulso.

M.S.: Qual álbum musical da déc. 60/70 que realmente marcou e inspirou a trajetória dos artistas, Babi Jaques e Lassere?

B & L: Difícil… mas esses marcaram muito:
BichoCaetano Veloso
Novos BaianosNovos Baianos F.C (1973)
EdnardoO Romance do PavÃo Mysteriozo (1974)
Doces BárbarosAo Vivo (1976)
Tom ZéTom Zé (1970)

Foto por: Quânticos Atos Criativos

Acompanhe o trabalho de Babi Jaques e Lassere através do Facebook, Instragram e Youtube.

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