Ai Weiwei, a subversão de um artista chinês no Brasil

Últimos dias para conferir a obra de Ai Weiwei em Curitiba e o NA-NU trouxe um pouco da história, da obra e de nossa visita à exposição Raiz, do artista.

Ai Weiwei nasceu em Pequim em 1957, filho da autora Gao Ying e do renomado poeta libertário Ai Qing. O trabalho de seu pai foi abraçado e logo depois condenado pela revolução cultural chinesa e, em 1958, a família foi condenada a viver em campos de trabalho, em áreas remotas do deserto de Gobi. Ai Qing foi proibido de escrever durante 20 anos. Com o fim da revolução cultural, Ai Weiwei entrou para a Academia de Cinema de Pequim em 1978, onde fundou o grupo de artistas vanguardistas chamado As Estrelas. Em 1981, ele se mudou para Nova York onde fez amizade com o importante poeta da contracultura, Allen Ginsberg. Foi em NY também que Weiwei se encantou pelo trabalho de Marcel Duchamp, do grande mestre da pop art, Andy Warhol, e pelo conceito do ready made. A arte produzida através de objetos manufaturados. Wei Wei voltaria a residir na China em 1993 onde envolve-se com diversas produções artísticas e funda o estúdio de arquitetura Fake Design.

“Uma nação que não enfrenta seu passado, não terá futuro”

Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes

Studio na Colab55

Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Obra: Forever Bicycles – Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes

Weiwei usa sua arte como denúncia, provocação e combate ao discurso autoritário. Em seu trabalho recente, discute e revela a trágica crise dos refugiados, que atinge o mundo todo. O artista buscou usar o seu trabalho para dar voz aos calados e lutar pelos direitos humanos.

“Os seres humanos não dominam o universo. Somos passageiros temporários.”

Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes

Em 2009 foi preso e espancado enquanto tentava testemunhar no caso de um ativista dos direitos humanos. Voltou a ser preso em 2011 sobre a falsa acusação de sonegação de impostos. Teve seu atelier em Changai demolido pelas autoridades chinesas, e seu atelier em Pequim também foi ameaçado. Teve sua vida e suas ações sobre a vigilância pesada da polícia secreta chinesa. E foi proibido de sair do país até 2015. Segundo Marcelo Dantas, curador de Raiz, Weiwei aplicou um modelo de ativismo social na produção de arte e, simultaneamente, pôs a arte no centro dessa ação.”

“Um refugiado pode ser qualquer um. Pode ser eu ou você. A Chamada crise de refugiados é uma crise humana.”

Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes

Em entrevista ao programa Roda Viva, Weiwei declarou que seu interesse pelo Brasil começou com seu pai. “Nós morávamos em uma área muito remota, no deserto de Gobi, meu pai estava no exílio. Naquela época ele me falou da América do Sul. Ele me contou sobre sua viagem do Brasil para o Chile, para conhecer o poeta Pablo Neruda. E ele trouxe diversas fotos, escreveu poesias lindas sobre essa experiência na América do Sul. Então para mim é sempre um local de cor e de imaginação.”

“Nacionalidade e fronteiras são barreiras à nossa inteligência, nossa imaginação e toda sorte de possibilidades.”

Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes
Foto: Fernanda Penha / Lucas Fernandes

A exposição Raiz, que já passou por São Paulo e se encontra atualmente no MON em Curitiba, é ao mesmo tempo uma retrospectiva do que há de mais importante nos últimos 20 anos da produção artística de WeiWei, e também uma proposição de se produzir artisticamente dentro da sociedade e cultura brasileira. Obras feitas no Brasil, com técnicas e materiais brasileiros. É a maior exposição já realizada com obras do artista.

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