O Silêncio ensurdecedor nas esculturas de Jaume Plensa

Conheça a arte de Jaume Plensa, artista visual catalão com mais de 40 anos de trajetória em esculturas que gritam, mesmo sem falar.

Com uma trajetória artística de mais de 40 anos, o artista catalão Jaume Plensa é reconhecido mundialmente por suas obras de grande escala e instalações no espaço público. Suas obras transitam entre o orgânico e o inorgânico, o vivo e o inanimado. Usa a estaticidade da escultura para criar a expectativa do movimento, como um grito que se cala na garganta. Sempre em busca da contraposição entre a materialidade e imaterialidade, extrapolar a função de objeto e desenvolver sensações e relações de forma a gerar um impacto reflexivo no público. Plensa faz o uso de diferentes materiais em suas obras, como resina, poliéster, aço, ferro, vidro, náilon e bronze, até elementos menos tangíveis, como água, luz e som. Suas esculturas abordam a dimensão humana e sua relação com o meio ambiente. Plensa incorpora imagens silenciosas de rostos, mãos e palavras disseminadas na memória.

Wooden Figure, 2008 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Freud’s Children, 2002 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU

Em 2022 o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, recebeu a exposição Invisível e Indizível, que reuniu 17 obras do artista. Entre elas, a exposição reuniu, pela primeira vez, dois trabalhos de grande volumetria e construções distintas: Silent Hortense (com mais de sete metros de altura) e Invisible Rui Rui. A primeira dá corpo à impossibilidade de expressar o que não há como ser dito, enquanto a segunda retira o corpo de uma expressão sublime que pede silêncio. “O confronto simétrico entre as duas esculturas no espaço é uma composição inédita em suas exposições”, comenta o curador Marcello Dantas.

Invisible Rui Rui, 2018 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Wooden Figure, 2008 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Wooden Figure, 2008 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Self portrait with music, 2018 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Freud’s Children, 2002 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Silent Hortense, 2021 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Irma (nest) / Lamin (nest), 2021 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Carlota (oak) / Wilsis (oak) / Julia (oak) / Laura Asia (oak), 2019 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Carlota (oak) / Wilsis (oak) / Julia (oak) / Laura Asia (oak), 2019 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Carlota (oak) / Wilsis (oak) / Julia (oak) / Laura Asia (oak), 2019 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU
Song of Songs, 2005 – Foto Por Fernanda Penha/Fotografa NA-NU

Studio na Colab55

O artista recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais: Medaille des Chevaliers des Arts et Lettres, Ministério da Cultura da França, em Paris (1993); prêmio da Fundação Atelier Calder, Saché, na França (1996); prêmio Nacional de Belas Artes do Governo da Catalunha (1997); Doutor Honoris Causa pelo Art Institute of Chicago, EUA (2005). Na Espanha foi agraciado com o Prêmio Nacional de Belas Artes (2012), o Prêmio Velázquez de Artes (2013) e o Doutorado Honorário da Universitat Autònoma de Barcelona (2018).

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