Conheça a trajetória do escritor L. Romanowski (1902-1997), premiado pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia Internacional de Lutèce, que começou sua vida trabalhando na lavoura, no município de Marechal Mallet, Paraná. Entre suas obras estão A Tara, Ciume da Morte e seu best seller, O Anãozinho de Paletó Verde.
O escritor, poeta e teatrólogo, Ladislau Romanowski nasceu no dia 8 de janeiro de 1902, filho de imigrantes poloneses, na colônia 2, no município de Marechal de Mallet, no Paraná. Até os 12 anos viveu trabalhando na lavoura. Aprendeu a ler e escrever sozinho. Aos doze anos de idade iniciou seus estudos em Mallet, posteriormente em São Mateus do Sul, Palmeira e Ponta Grossa onde publicou seus primeiros versos. No início de sua carreira, colaborou com várias publicações de menor alcance, até conseguir publicar em revistas e jornais maiores, nacionais e internacionais.
Em 1944 publicou o Ciúme da Morte, livro que colocaria o seu nome como escritor em evidência nacional. Um ano depois a novela foi laureado com o prêmio Raul Pompéia pela Academia Brasileira de Letras. Múcio Leão, J. C. de Macedo Soares e Prof. A. Austregesílio foram seus relatores. No parecer afirmaram que Ciúme da Morte lembra os romances de Dostoiévski e a técnica de Aldous Huxley.
No ano de 1947 lançou o seu romance E Os Trigais Ondulavam, no qual fala da dura vida do colono polonês agricultor.
Em 1953 visitou o Uruguai com o objetivo de promover o intercambio cultural, realizando conferências de repercussão internacional. Apresentou na ocasião, no famoso Teatro Solis (Na época considerado 3º melhor em acústica do mundo) um espetáculo musical realizado por artistas paranaenses.
No mesmo ano estreou a peça Tara, que foi lançada em diversos países, traduzida para o francês e o espanhol. A peça foi posteriormente adaptada para um romance. Romanowski também é o autor da peça Retrato de Wlade, monólogo e experiência com o teatro de participação, que foi traduzida para o polonês, inglês e espanhol, e também mais tarde adaptada em um romance. No brasil, a peça foi exibida mais de 500 vezes, e assistida por mais de três milhões de expectadores. O Retrato de Wlade foi também apresentado na Polônia. Onde, inclusive, acabou merecendo uma condecoração por elevantes trabalhos culturais. A relação de Romanowski com o teatro vai além da autoria de peças. Como ator, foi detentor de diversos troféus e diplomas.
Em 1961, visitou a Polônia, terra de seus pais, como Delegado Cultural do Brasil nos festejos do milênio do país, no qual realizou um histórico discurso no senado de Varsóvia. Seguiu então em excursão pela Europa, realizando até três conferências por dia.
Mas seu best seller veio com livro infanto-juvenil O Anãozinho de Paletó Verde, publicado pela editora Beija Flor, e com ilustrações de Castro Alves, que rodou por várias edições. O livro conta a história de um homem com insônia que é levado para um universo fantástico por um simpático ser diminuto. Com o sucesso de crítica e público, a obra ganhou a continuação, A Volta do Anãozinho de Paletó Verde.
Já nos anos 80, foi empossado da cadeira nº4, da Academia Literária José de Alencar, cujo patrono era Rui Barbosa. Perteceu ao Pen Club do Brasil, ao Centro de Letras do Paraná e foi membro da Academia Paranaense de Letras. O Papa João Paulo II, na carta que dirigiu ao escritor em 1984, aconselha-o “que prossiga sendo útil e que sirva ao próximo na pessoa dos pequeninos”, se referindo à O Anãozinho de Paletó Verde e outro livro infanto-juvenil do autor, O Menino e os Pássaros. Entre suas obras também estão Quem é o Culpado?, Chico Faísca, Mistério do Corcundinha, Sonho de Gib e Zé Tartaruga.
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Sou bisneto do Ladislau Romanowski, neto de sua filha Lady Godywa, filho de seu neto Arthur. Meu nome é Paulo, tenho 47 anos e atualmente resido em Maringá/PR. Meu pai está com 72 anos e reside em Cascavel/PR. Minha avó faleceu em 2009. Em nome de minha família, agradeço profundamente esse resgate de parte considerável da vida e obra de meu bisavô. Muito obrigado!
Ficamos muito felizes com o seu comentário. Que bom que a família chegou ao nosso post. O Anãozinho do Paletó Verde foi muito importante em nossa infância e nos surpreendemos quando vimos que quase não havia material sobre o autor, L. Romanowski na internet. Nossa missão é, também, resgatar e divulgar os artistas importantes de nossa história.
Olá, parabéns pela iniciativa.
Paulo Renato, sou membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu – ALVI, e meu patrono é L. Romanowski. Tenho todas as obras dele. Li todas. Algumas reli. Aliás não tenho uma obra chamada A Tara. Tenho 49 anos, nasci em Mallet – PR e atualmente sou professor de linguística na Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM em Uberaba – MG. Gostaria de aprofundar os estudos sobre as obras de L. Romanowski. Bom saber que há familiares e pessoas interessadas em divulgar esse magnífico autor. Sou admirador do trabalho artístico.
Olá, sou bisneta do jornalista Altino Flores, amigo de Romanoswki. Tenho várias fotos dele com meu avô. Se tiver interesse, entre em contato.
Paulo Renato, sou membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu – ALVI, e meu patrono é L. Romanowski. Tenho todas as obras dele. Li todas. Algumas reli. Aliás não tenho uma obra chamada A Tara. Tenho 49 anos, nasci em Mallet – PR e atualmente sou professor de linguística na Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM em Uberaba – MG. Gostaria de aprofundar os estudos sobre as obras de L. Romanowski. Bom saber que há familiares e pessoas interessadas em divulgar esse magnífico autor. Sou admirador do trabalho artístico.
Ele era meu ídolo na infância. Lia repetidamente o Anãozinho do Paletó Verde. Era meu Livro Favorito. Tive a honra de tê-lo autografado pelo autor. Recordo que, quando encontrei Romanowski, nos anos 80, fiquei certamente mais emocionada do que ficaria caso encontrasse a Xuxa.
Eu me chamo Rosa Maria filha de Leonarda irmã de ladislau minha mãe faleceu aos 99 anos a 2 anos atraz e sempre me falava desse tia ela tinha muito orgulho desse irmão
LADISLAU ERA MEU TIO AVÔ , IRMÃO DE MINHA AVÓ EMÍLIA E TIO DE MINHA MÃE
DOMÊNICA, TODOS FALECIDOS.
MORO EM CURITIBA ONDE TEM ALGUNS PARENTES E MUITOS DELES ESTÃO
EM UNIÃO DA VITÓRIA E ARREDORES.
TEMOS ALGUMAS DE SUAS OBRAS AUTOGRAFADAS.
Adoro o livro ciúme da morte …li em 1986 ….2011 e 2019 sem nunca imaginar que o autor era paranaense de uma cidade vizinha…. muito bom esse livro….vou ler novamente…. Rico em detalhes e muito atual pra época…sem dúvida um grande e imortal escritor…. será que o povo de Mallet tem conhecimento disso?
Tenho várias fotos de Ladislau Romanowski com meu bisavô, o jornalista Altino Flores. Se tiverem interesse, só entrar em contato.