Garanta a sua edição de Hiperestrela & Centuriões Cósmicos e conheça o riquíssimo universo de super-heróis criado pelo multi-artista Ropram

Lúcio Ronnas Santos é o multi-artista conhecido como Ropram. Além de criador da HQ Hiperestrela & Centuriões Cósmicos, Ropram é autor de universos lúdicos que desenvolve para elaborar recreações entre crianças de comunidades carentes do Rio de Janeiro, é animador de eventos pela Agência de Festas Infantis Tetragramatron, criador do selo editorial Ropram – Resgatando a Infância e o Prazer de Ser Criança, entre outras atividades culturais.

O universo de super-heróis criado por Ropram é extremamente rico, vívido, denso, e com muita história. Recentemente, em emocionante entrevista ao canal do YouTube, Grandes Heróis BR, apresentado e produzido por Lorde Lobo, Ropram explicou como a origem do personagem Hiperestrela e dos Centuriões Cósmicos vem da infância do autor. “Eu brincava muito de super-heróis quando era criança, como toda criança daquela época, só que quando eu queria ser o protagonista, eu não podia ser o protagonista. Por que? Porque não tinham super-heróis negros! Aí, o que que eu fiz? Eu criei esses personagens negros que na verdade eram inspirados nos meus amigos. ‘vamo inventar herói então pra gente ser o mocinho na brincadeira.”




Sua própria vivência como órfão moldou o mundo fantástico de Ropram. “Esse tópico do órfão, não só do negro, mas do órfão em si, é um assunto que a sociedade não fala muito… ‘Não fala muito’, não fala! Na política você não vê ninguém lutando pelos órfãos, essas coisas. Mas a quantidade de crianças abandonadas é muito grande. Lá no Saboia Lima, por exemplo, éramos 360 alunos, isso sem contar os que eram semi-internato. (…) Essa escola começou com o governo federal, era Escola Rural Saboia Lima, depois virou Escola Estadual Saboia Lima. (…) Eu via super-heróis na televisão. Quando acabava o estudo dirigido, a gente via as aventuras, e depois ia brincar. Quando a gente ia brincar, inspirados naquelas aventuras que a gente via na televisão, aí um falava ‘eu sou o super-tal’ e o outro ‘eu sou o não sei quem qual’ e quando eu ia falar um ‘ih, não tem super-herói negro’. Pronto! Aí eu criei esse (Hiperestrela)! (…) eu tinha de 8 pra 10… 11… Tanto que os poderes deles foram inspirados em astros porque que não tinha outro método, eu era guri e tinha que inventar um meio de fazer com que uma aventura acontecesse.”

Durante a entrevista, Ropram também explicou como a existência de uma cena nacional de publicações independentes, forte e atuante, foi importante para transformar o sonho em projeto. “Quando eu comecei a ver que era possível (…) que tinha super-heróis sendo produzidos, que existiam gibis de heróis brasileiros (…) eu falei ‘wow, se pode, eu vou começar a ver esse negócio’. São desenhistas brasileiros e que o povo precisa saber que existe esse pessoal aqui. Tem gente que desenha aqui que desenha melhor do que muitos estrangeiros. Não deixa nada a desejar pros estrangeiros. Então é uma satisfação muito grande ver meu personagem assim”.




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