A performer Carmen Jorge estreia no dia 6 de maio sua nova criação solo Hiperfabulária Tropical, uma performance visceral e radical.
Performance solo da artista da dança, performer e diretora artística, Carmen Jorge propõe corpo-caos a partir do universo explosivo, inspirado no livro PanAmérica, de José Agrippino de Paula, e no trabalho da bailarina e coreógrafa Maria Esther Stockler. A obra incorpora uma dramaturgia construída a partir de textos de Agrippino, reinterpretados como voz-corpo tropical, revelando camadas de destruição poética e resistência indígena. A proposta articula uma estrutura coreográfica aberta à improvisação, onde a performer atravessa estados físicos extremos com variações de contrações corporais (Pop, Strobing e Hitting) em uma composição que rejeita o espetáculo convencional, evocando um gesto político performado no corpo brasileiro.
Um corpo se encontra instalado num canto, sala, palco ou galeria, vazando palavras apocalípticas tropicais. É presença exposta e atravessada por estilhaços do caos contemporâneo. A performance se configura como um ato radical quando utiliza as artes cênicas como denúncia do violento mundo em que vivemos, revelando o caos como sintoma. Propõe uma política de resistência em benefício da vida.
A estreia acontece no dia 06 de maio, na Biblioteca Pública do Paraná, com entrada gratuita. O trabalho também vai abrir a Mostra Solar 2025 da Casa Hoffmann, no dia 16 de maio, às 19h30.
