Em uma sociedade obcecada com o o superficial e o novo, Rebooted reflete sobre efeitos especiais e mercado de trabalho.
Em uma indústria obcecada pelo superficial e pela novidade, como a de Hollywood, não é fácil ser uma estrela de cinema envelhecida. É ainda mais difícil quando você também é um monstro esqueleto animado em stop-motion. Phil (personagem que é uma referência explícita aos esqueletos do mago do stop-motion, Ray Harryhausen, no filme de 1963, Jasão e os Argonautas. O nome Phil também pode ser uma referência a Phil Tippett, aprendiz de Harryhausen e grande mestre da técnica) costumava ser um efeito especial de última geração, mas agora os estúdios de cinema modernos simplesmente não o contratam mais. Recusando-se a sucumbir à sua própria irrelevância, Phil toma medidas drásticas quando descobre que o filme para o qual foi criado está sendo reiniciado sem ele.
Rebooted é uma carta de amor às diversas técnicas de animação e efeitos especiais, que já tanto encantaram e impressionaram, e que a indústria muitas vezes interpretou como ultrapassadas. O filme ainda faz referência aos animatrônicos de Jurassic Park (1993), ao CGI de O Exterminador do Futuro 2 (1991), à roupa de borracha do Monstro da Lagoa Negra (1954) e uma célula de animação 2D de acetato do filme Meu Amigo Dragão, de 1977.
O curta metragem de Michael Shanks, não é apenas sobre técnicas de animação e a indústria do cinema, mas pode ser visto como uma metáfora para a relação do ser humano com o tempo e o mercado de trabalho. Sobre como é fácil se tornar ultrapassado e como envelhecer pode ser uma luta.
Assista abaixo um making of do filme:
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