Reflexos, solidões e catarses na poesia de Mateus Duarte Oliveira

Nessa sessão de Poesia no NA-NU compartilhamos com você o poema Eco, de Mateus Duarte Oliveira. Vem conferir!

Mateus Duarte Oliveira é empreendedor, barman e professor de inglês. Em meio a correria do dia-a-dia escreve poemas, textos, crônicas e música. Nas noites de insônia ou acompanhado da melancolia que invade os dias, fluem palavras, reflexos, solidões, catarses e poesia registrados à ponta do lápis ou nos caracteres do computador. Abaixo você confere a poesia Eco, fruto de um desses momentos.

Studio na Colab55

Confere aí:

Eco

Rasteja em minhas veias, fluido perverso
Prisão de mim mesmo, frio ardente
A dúvida germina, em si onisciente
Tentação de fuga, grito submerso.

Paira sobre as casas implacável, disperso
Desilusão abandonada, escuridão à frente
Sal que inunda a alma, tépida torrente
Tendão dilacerado, à criação averso.

Despertar arrependido, lento e amargurado
Palato em ferida, seco, decadente
Repousa inquieto o coração calado.

Paz intravenosa, plácida e dormente
Silêncio retumbante, pranto encarcerado
Acorrentado ainda à dor pungente.

Mateus Duarte Oliveira © Todos os direitos reservados.

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