Maldita Karen – HQ de Francis Ortolan
Resenha por Guile Dias
A melhor HQ de entretenimento que li até hoje. Não tô nem aí se as expectativas aumentam, o gibi dele dá conta disso numa boa. Além de ser uma estória importante ao debater na porrada a metafísica.
Nesse trabalho, Francis Ortolan expressa a voz e o assunto dele, e ele é um homem do tempo dele, da geração dele, então em cada quadrinho você vê compactado em arte e texto um dos mundos da cultura. É muito bom ver nesse formato e tamanho, no papel. A iluminação, o resultado do método dele de colorir luz e sombra, compõe para uma sensação de se estar, ao mesmo tempo, lendo algo impresso e assistindo um cartoon na TV. A tipografia expressa o traço dele e entretém. É perfeita para esse gibi. O storytelling é preciso, necessário e exato nos gestos, nas grafias, na comunicação dos caráteres e das vidas que queremos conhecer e acompanhar junto. Uma conquista do autor. Pois não é sempre assim para personagens com condições humanas desprezíveis, insensíveis, cretinas e inconsequentes.
Posso passar duas semanas expressando tudo que estou tentando dizer, destrinchando o porquê de ser uma HQ tão boa, mas em uma palavra: Leia.