Quadrinhos em Curitiba é uma pesquisa de Fulvio Pacheco
Agosto de 2005 foi o mês em que a revista Chalaça, O Amigo do Imperador é lançada na Itiban, a Comics Shop, que logo após a Gibiteca é o maior incentivador do quadrinho local. Os autores Antônio Eder e André Diniz (os mesmos responsáveis pelo site Nona Arte), através desta revista, procuram realizar a complicada tarefa de educar enquanto divertem. Esse quadrinho saído da editora Conrad conseguiu explorar um personagem que não passava de um farrista barato, mas ocupou altas posições na Corte e tirou D. Pedro I de situações constrangedoras, de maneira elegante, precisa e historicamente correta, sem as apelações que costumam brotar em adaptações da história do Brasil.
Foi lançado em dezembro o livro Tico-Tico: Cem Anos de Revista, de Ezequiel de Azevedo, com autógrafos e bate-papo sobre a revista lançada em 1905, a primeira publicação voltada para o público infantil, de onde surgiu o personagem Chiquinho, versão brasileira do norte-americano Buster Brown. Também graças à revista, surgiram Lamparina, de J. Carlos (um dos maiores nomes do humor gráfico brasileiro e principal ilustrador da Tico-Tico), Zé Macaco e Faustina, de Alfredo Storni, Pára-Choque e Vira-Lata, de Max Yantok (um dos principais caricaturistas nacionais), e Reco-Reco, Bolão e Azeitona, de Luis Sá (esta última a mais popular entre as crianças da época). A revista Tico-Tico também contava com as aventuras do Menino Amarelo, considerado mundialmente a primeira publicação dos quadrinhos, mesmo sendo posterior aos quadrinhos de Wilhelm Busch e Agostini.
Ainda em 2005 é publicada pela editora de material didático Filosofart, com texto de Alexandre Torrilhas e arte de Fulvio Pacheco e Daniel Souza Gomes, a primeira revista em quadrinhos mangá local, intitulada Curupira, a Lenda dos Cabelos de Fogo, que conta esta lenda de forma alternativa, visto que nesta versão é uma menina a Curupira. Uma indiazinha que se cria recebendo ensinamentos sobre a mata, através de um pagé, até que se mete num incêndio para salvar os animais e se torna a entidade protetora da natureza. Além de contar a lenda, a revista é paradidática, voltada principalmente para a ecologia.
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