A linguagem e tradição regional da obra de Simões Lopes Neto na arte singular de Kipper. A Salamanca do Jarau é uma obra de fantasia tipicamente gaúcha.
A Teniaguá é uma princesa moura encantada que, nas profundezas do cerro do Jarau, oferece um prêmio de poder mágico àqueles que superam sete provas em seu labirinto subterrâneo. Mas para superá-los não basta “ser forte, aguerrido e bravo”, pois alguns destes testes são de virtude e de moral. Ma a Teiniaguá não é só princesa e moura: é feiticeira e mulher.
Um dos grandes nomes da literatura regional, João Simões Lopes Neto (1865 – 1916) não se limitou a recolher e transcrever a tradição oral regional, mas também desenvolveu temas universais e com estilo inigualável e domínio magistral da linguagem. Em seus textos, o homem simples do povo é elevado a herói e narrador. Não pode vencer contra os ricos e poderosos, mas é virtuoso na defesa de sua alma de seus valores morais. Em um caldeirão tipicamente brasileiro se misturam elementos da cultura ibérica e lendas indígenas, narrados em uma língua regional singular, para se criar uma experiência de fantasia ao mesmo tempo familiar e única.
A Salamanca do Jarau é ilustrado é técnica mista por Kipper. A arte belíssima e de um colorido espetacular completa o clima surreal e lírico do conto. O livro foi publicado em 2015 pela editora Estronho, especializada em quadrinhos e cinema. Você encontra essa e outras publicações da Estronho na Loja do NA-NU.
E tem muito mais quadrinhos aqui no NA-NU, dá uma olhada no que a gente já publicou por aqui.