Quadrinhos em Curitiba é uma pesquisa de Fulvio Pacheco – Nota do NA-NU: Por aqui a gente já fez um post sobre o NA-NU original, que inspirou e deu nome ao nosso blog, também sobre o Sangrando até Morrer, trabalho de Eder S. Rodrigues e Allan Ledo que o NA-NU vem resgatando no blog. Foi com surpresa e com muita alegria que descobrimos nossa história entre a essa pesquisa linda de Fulvio.
A cultura alternativa é muito forte em Curitiba, como se pode ver nas mais diferentes correntes (Literatura, Música, etc.) e os Fanzines são fruto desta cultura alternativa desde a década de 70, introduzida através dos Punks. Fanzines têm pelo menos uma característica fundamental em comum: são veículos de opinião “extra-oficial”.
Nos quadrinhos não poderia ser diferente. Sem formatos preestabelecidos e estilo, o que não deixa de criar em torno de si uma organização própria, dentre essas revistas em quadrinhos alternativas se destaca o grupo NA-NU, que segundo o DW (2004), era composto inicialmente por Lucas Fernandes, Fernando Loyola, Paulo Goes e Cícero Kreusch. Depois entraram no grupo DW e Ganço. Allan Ledo apareceu em seguida e trouxe junto Eder Saragiotto Rodrigues. Mais tarde vieram Simone Hembecker, Carol Hammoud, Zezo, Eduardo Teixeira, Marina Vello, Jordana, Rafael Kaimoto, Eduardo Teixeira, Francis Ortolan, Odilon Vargas Toledo, Mauricio Magrão, Rafael Lambão, Hellen Cristofolini, Janaina Pires, e Rômolo , os quais também passaram a integrar o grupo.
O grupo confeccionou 3 Fanzines, uma exposição no Shopping Jardim das Américas, além da produção individual, que se estendeu depois que acabou. Esta produção até hoje pode ser vista na seção de Fanzines da Gibiteca de Curitiba, onde o mesmo grupo se reunia. Seção enriquecida com os Fanzines de fechamento de cursos, produzidos pelos alunos no término dos cursos de quadrinhos ministrados na Gibiteca, desde sua fundação, em 1982, e de onde saíram os membros do NA-NU. A maior parte do grupo: DW, Ganço, Eder e Alan, do qual também participava Fulvio Pacheco, formou outro grupo que em 2004 intitulado Homem Elefante Quadrinhos .
A partir de 1999, o desenhista Alan Ledo, em conjunto com o roteirista Eder Rodrigues, continuou lançando Fanzines, como Quando os teus amigos querem te foder, que teve apenas 3 números. Segundo Alan, “A partir de então, decidimos reformular a proposta e começamos a criar histórias mais pessoais, com uma temática mais densa. E, basicamente, foi isso. Recomeçamos do zero, com um Fanzine chamado Sangrando até morrer, que teve 7 números”.
Sempre inclinados para o quadrinho alternativo, como já eram feitos na época do NA-NU, Allan e Eder desenvolveram estes fanzines, que tem a arte aprimorada e muitas páginas em cada história. Allan Ledo também contribui com uma história na revista Fantasias Urbanas, de 2004.
Outro dissidente do NA-NU, que continuou a produzir, foi DW que desenvolvendo diversos Fanzines, num estilo alternativo e deprimente através de um traço solto, que lembra a xilogravura, publicou no site Nona Arte, na revista virtual periódica intitulada Oficina do Diabo. Em 2004, DW conseguiu publicar, através da Fábrica do Livro (Rio de Janeiro), na Revista Oficina do Diabo, com a maioria dos trabalhos do site, assim como aconteceu com a revista Fantasias Urbanas.
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Gostaria de saber se Odilon Vargas de Toledo é uma pessoa que morou em Londrina nos idos de 60/62, fomos colegas de escola …
Olá, José. Desculpe pela demora na resposta. Provavelmente não. Não me lembro especificamente do Odilon, mas a maioria dos participantes do NA-NU na época eram nossos amigos e conhecidos e eramos adolescentes no final dos anos 90.
(Lucas)