Relembrando Fernanda Torres! Como esquenta para a Copa do Mund… quer dizer… o Oscar 2025, revisitamos esta belíssima carreira artística
Fernanda Torres é a segunda atriz brasileira a concorrer ao Oscar, feito que só havia sido alcançado por sua mãe, Fernanda Montenegro, em 1999, por Central do Brasil. Mesmo antes desse grande marco, Fernanda Torres já era uma das artistas mais reconhecidas, versáteis, grande destaque e ícone da arte brasileira, tendo participado de diversos momentos importantes das artes nacionais no teatro, na TV, na literatura e no cinema, acumulando muitos prêmios ao longo da trajetória.


Fernanda começou sua carreira aos 13 anos entrando para a Escola de Teatro Tablado, tradicional espaço de formação de atores do Rio de Janeiro. Sua primeira atuação nos palcos foi em 1978, na peça Um Tango Argentino, de Maria Clara Machado.

Em sua longa trajetória teatral, Torres recebeu incontáveis elogios e prêmios por seu trabalho, tendo atuado em mais de uma dezena de peças como: Orlando (1989), de Bia Lessa; Da Gaivota (1998), de Daniela Thomas; Duas Mulheres e um Cadáver (2000), de Aderbal Freire Filho e 5 x Comédia, de Hamilton Vaz Pereira.


Foi a primeira atriz da Companhia de Ópera Seca, fundada por Gerald Thomas, tendo atuado em três peças, entre elas The Flash and Crash Days (1991) – dividindo o palco com sua mãe – peça que foi apresentada em turnê nos Estados Unidos e em países europeus.

Ainda no teatro, destaca-se também o monólogo A Casa dos Budas Ditosos, baseado no romance homônimo de João Ubaldo Ribeiro, encenado entre 2003 e 2008, sendo visto por mais de dois milhões de espectadores e rendendo os prêmios de Melhor Atriz no Qualidade Brasil, na categoria Comédia, e o Prêmio Shell de 2004.

Na televisão, estreou em 1979 no programa Nossa Cidade, da TVE, dirigida por Sérgio Britto. No mesmo ano, fez sua estreia na TV Globo, na série Aplauso, no episódio: Queridos, Fantásticos Sábados, sob direção de Domingos Oliveira.

A estreia em novelas aconteceu em 1981, aos 15 anos, quando viveu a personagem Fauna Rosa França em 30 capítulos de Baila comigo, de Manoel Carlos. Também nesse ano, interpretou Marília Ribeiro na novela Brilhante, de Gilberto Braga. Em seguida, assumiu o papel de Daisy Cantomaia em Eu Prometo (1983), de Janete Clair. Em 1986, foi chamada para viver a protagonista Simone Marques no remake de Selva de Pedra, telenovela de Janete Clair.




Ainda nos anos 80, trabalhou na minissérie Parabéns Pra Você, de Bráulio Pedroso, sendo dirigida por Dennis Carvalho e Marcos Paulo; no episódio de Caso Especial – O Fantasma de Canterville, uma adaptação do conto homônimo de Oscar Wilde, dirigida por Antônio Pedro; e no musical Concertos para a Juventude, dividindo a apresentação com o ator Paulo Guarnieri. O programa foi apontado pela Unesco como modelo para a divulgação da música clássica.
Com exceção da minissérie Luna Caliente (1999) – adaptação do romance do argentino Mempo Giardinelli, dirigida por Jorge Furtado – todos os trabalhos de Torres na TV, a partir dos anos 90, foram pautados pelo humor. Em 1994, atuou em episódios do programa Terça Nobre, bem como em A Comédia da Vida Privada, com textos de Guel Arraes e Jorge Furtado. Contracenou, ainda, com Pedro Cardoso, Luiz Fernando Guimarães, Débora Bloch e Denise Fraga no humorístico Vida ao Vivo Show.

Fernanda também estrelou dois videoclipes do grupo Os Paralamas do Sucesso dirigidos por Andrucha Waddington, Ela Disse Adeus e Aonde Quer Que Eu Vá.
De 2001 a 2003, Torres protagonizou com Luiz Fernando Guimarães a série Os Normais , escrito por Alexandre Machado e Fernanda Young e dirigido por José Alvarenga Jr., que mostrava as situações cotidianas vividas pelo casal Rui e Vani. A série se tornou um grande sucesso, e rendeu dois filmes, Os Normais – O Filme (2003) e Os Normais 2: A Noite Mais Maluca de Todas (2009). Em 2008, estrelou com Evandro Mesquita o quadro Sexo Oposto, exibido no Fantástico.


De 2011 até 2015, Torres protagonizou, ao lado de Andrea Beltrão, a série de comédia Tapas & Beijos. Em 2016, escreveu o roteiro do longa O Juízo, com sua mãe no elenco. Em 2018, na segunda temporada da série Sob Pressão, interpretou Renata, a nova administradora do hospital.



Desenvolveu também o projeto Minha Estupidez e Bicho Homem para a televisão, e o podcast A Playlist da Minha Vida, como entrevistadora e roteirista, na plataforma Deezer.


Sua estreia no cinema foi aos dezessete anos, em 1983, com o filme Inocência, baseado na obra do Visconde de Taunay e dirigido por Walter Lima Jr. Em 1985 integrou o elenco de A Marvada Carne, de André Klotzel, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado.


Entre os filmes em que trabalhou, incluindo a participação no roteiro do curta metragem Redentor (2004), dirigido por seu irmão, Cláudio Torres, destacam-se Eu Sei Que Vou Te Amar (1986), de Arnaldo Jabor, com o qual foi eleita Melhor Atriz nos Festivais de Cinema de Cannes e de Cuba; Com Licença, Eu Vou à Luta (1986) – Melhor Atriz no Festival de Cinema de Nantes (França) e indicação especial no Festival de Locarno (Suíça); One Man’s War (A Guerra de um Homem, 1991), de Sergio Toledo, com Anthony Hopkins e Norma Aleandro; Terra estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas; O Que é Isso, Companheiro? (1997) – filme de Bruno Barreto que concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1998; Gêmeas (1999) e Casa de Areia (2005), ambos dirigidos por Andrucha Waddington.









Finalmente, em 2024, deu vida a Eunice Paiva no filme biográfico Ainda Estou Aqui, trabalhando novamente com o diretor Walter Salles. Por seu desempenho, Fernanda recebeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama e foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

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Parabéns NANU pela bela reportagem da história e trajetória artística dessa grande artista. Esse trabalho de pesquisa detalhado da vida dessa grande artista me despertou o orgulho de ser brasileira e me leva a ter esperança de que ela vai trazer o OSCAR para o Brasil.