Os seres híbridos, formas surreais e criaturas perturbadoramente familiares nas esculturas da artista Patrícia Piccinini.
Nascida em Serra Leoa e residente na Austrália, o trabalho de Patrícia Piccinini abrange escultura, fotografia, vídeo e desenho. Suas obras examinam a fronteira cada vez mais nebulosa entre o artificial e o natural tal como aparece na cultura e nas ideias contemporâneas. Os seus desenhos surreais, animais híbridos e criaturas veiculares questionam a forma como a tecnologia e a cultura contemporâneas mudam a nossa compreensão do que significa ser humano e questionam as nossas relações e responsabilidades para com aquilo que criamos. Embora a ética seja central, sua abordagem é ambígua e questionadora, em vez de moralista e didática.
“Minha prática é focada em corpos e relacionamentos; as relações entre as pessoas e outras criaturas, entre as pessoas e os nossos corpos, entre as criaturas e o ambiente, entre o artificial e o natural. Estou particularmente interessado na forma como as realidades quotidianas do mundo que nos rodeia alteram estas relações. Talvez por isso, muitos tenham olhado para a minha prática em termos de ciência e tecnologia, no entanto, para mim, ela é igualmente informada pelo Surrealismo e pela mitologia. Meu trabalho visa mudar a forma como as pessoas olham para o mundo ao seu redor e questionam suas suposições sobre as relações que têm com o mundo.”
Explica Patrícia Piccinini
Suas exposições individuais percorreram salas de exposição por todo o mundo. Em 2003, sua exposição We Are Family representou a Austrália na 50ª Bienal de Veneza antes de visitar o Hara Museum, em Tóquio e a Bendigo Art Gallery, na Austrália. Em 2016 a mostra ComCiência trouxe a obra da artista para o Brasil, realizando mostras no CCBB em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Estas foram eleitas a exposição de arte contemporânea mais popular de 2016 pelo The Art Newspaper.
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