Incrível álbum de estréia, de 2004 da banda curitibana Zigurate. Este disco demorou dois anos para ser gravado, tempo dedicado à pesquisa de texturas e refinamento das composições da banda que começou suas atividades em 1997.
A banda já havia lançado uma fita demo em 1998 e participou com canções em algumas coletâneas importantes da história local como Marcação Cerrada, LototoL, Rock Around Curitiba e Não Estacione. Além da presença contante em shows e festivais da cena local. O reconhecimento do público e crítica curitibano renderam à vocalista Patricia Bauducko o prêmio de melhor vocalista no Prêmio Fun, então promovido pela Gazeta do Povo.
Em 2001 a banda se afastou dos palcos e entrou em estúdio para gravar seu primeiro álbum. O ecletismo do disco é resultado dos 7 anos de composições da banda. Grande parte da identidade do Zigurate sempre foi a forte influência do pós-punk, goth-rock e new wave dos anos 80 (de bandas como Joy Division, The Cure e Siouxsie And the Banshees) que se mistura com harmonia incrível com o clima nublado e a textura Leminskiana da cena local da época.
Apesar das influências oitentistas, os 13 anos passados de seu lançamento revelam o anacronismo do álbum. O refinamento da produção, bastante incomum na época, assim como a pesquisa e experimentação com texturas criam um trabalho único e histórico. Com o lançamento desse trabalho, a banda alcançou reconhecimento nacional, entrando no circuito de shows e casas noturnas da época e se apresentando em grandes festivais.
O álbum foi gravado no estúdio Clínica Pro Music e produzido pela banda e por Murilo da Rós. A formação da banda na época era Patricia Bauducko nos vocais, Fábio Banks na guitarra, Fábio Gaia no baixo e Cristian Guimarães na bateria. O disco ainda contou com participações de Thiago J. Winhaski no teclado e Flávio Carvalho na percussão.
