Antediluvian é o curta metragem em animação de Mario Lanzas que traz vida às estranhas criaturas retratadas no início da paleoarte
O curta metragem em animação Antediluvian é uma homenagem aos pioneiros da Paleoarte, também chamada de paleontografia. Paleoarte é a representação visual de hipóteses científicas sobre a aparência, anatomia ou relações ecológicas de espécies fósseis. É uma importante ferramenta de divulgação científica, aproximando a paleontologia do público em geral.
Antediluvian apresenta uma versão pré-histórica da vida na terra imaginada pelos primeiros artistas que ousaram perseguir a verdade, mas que acabaram por imaginar um passado completamente diferente para o nosso planeta.
A animação foi dirigida pelo professor de paleontologia, paleoartista e produtor de conteúdo Mario Lanzas. A respeito de Antediluvian, Lanzas explica que “O século XIX supôs uma transição progressiva, porém traumática, do Antigo Regime para a Modernidade. Movimentos sociais, Tecnologia, Literatura, Arte e Ciência estavam mudando de uma só vez a forma como os humanos percebem o mundo em que viviam para sempre.
A própria música que serve de trilha para este filme (Tristão e Isolda, do compositor alemão Richard Wagner) foi, em si, um divisor de águas para a composição musical, assim como as descobertas científicas que estavam acontecendo na época desafiaram a visão de mundo da sociedade. Foi o início da Paleontologia.
William Buckland (teólogo britânico que fez a primeira coleta e descrição completa de um dinossauro, o Megalossauro) notoriamente tentou dar sentido ao dogma bíblico para as novas revelações científicas. Ele teorizou que as criaturas antediluvianas que Mary Anning (paleontóloga, negociadora e coletora de fósseis inglesa) e Gideon Mantell (ginecologista, geólogo e paleontologista britânico) estavam desenterrando foram provavelmente punidas por Deus em uma série de catástrofes, devido à sua natureza aparentemente grotesca e violenta, sendo o Dilúvio a última.
O primeiro dinossauro foi formalmente descrito em 1824, exatamente dois séculos atrás. Desde então, nossa percepção do Megalosaurus mudou bastante, e isso é um lembrete de como a ciência progride. Este curta de animação é uma homenagem comemorativa aos pioneiros que ousaram defender a verdade que começaram a descobrir, considerados ‘párias” na época; e aos artistas que pela primeira vez imaginaram um passado totalmente diferente do nosso planeta.”
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