Conheça mais sobre a história e a trajetória artística da São Paulo Companhia de Dança!

O NA-NU tem divulgado bastante a São Paulo Companhia de Dança, com a série de documentários Figuras Da Danças no NA-NUTFLIX que apresenta um trabalho riquíssimo sobre a história da dança no Brasil. E agora chegou a vez de compartilhar com vocês a história e o trabalho maravilhoso dessa companhia que atua no cenário de dança brasileiro há 10 anos. Vem conferir!

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) foi criada pelo Governo do Estado de São Paulo em 2008 através da Associação Pró-Dança. Dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora, a SPCD é uma companhia de repertório que realiza montagens de espetáculos de dança clássica, moderna e contemporânea.

Com uma equipe composta por profissionais e coreógrafos renomados, nacional e internacionalmente, a São Paulo Companhia de Dança tem como principal missão a difusão, produção e circulação de espetáculos de dança no estado de São Paulo, além de apresentá-los pelas cidades do país e também no exterior.

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Considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina, a SPCD já realizou mais de quinhentas apresentações e passou por onze países, tendo público superior a 400 mil pessoas.  

A São Paulo Companhia de Dança além de criar espetáculos de dança trabalha com outras vertentes como programas educativos e de formação de platéia para dança, além de palestras para educadores, oficinas e propostas de apresentação de espetáculos gratuitos para estudantes e idososDança em Rede é uma espécie de enciclopédia online disponibilizada pela companhia, em seu site oficial, onde se encontram as cidades por onde os projetos já passaram.

Com a proposta de promover ações e encontros voltados à arte da dança, a SPCD propõe o compartilhamento de experiências através de projetos como Seminário Internacional de Dança que visa abordar a prática sob diferentes perspectivas.

O Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança é outro grande evento que proporciona aos participantes a possibilidade de interação e experiência no ambiente artístico, permitindo o conhecimento e desenvolvimento a partir de estudos teóricos e práticos de técnicas de dança em suas mais variadas vertentes.

Outro projeto riquíssimo em memória e história é a série de documentários Figuras Da Dança produzida pela companhia e que o NA-NU vem divulgando semanalmente por aqui. A série disponível no youtube, também já foi exibida nos canais Arte 1 e Canal Curta! Com 32 episódios, a série Figuras da Dança apresenta a história e a trajetória de grandes nomes da dança brasileira, entre eles bailarinos e bailarinas, coreógrafos e coreógrafas e maîtres de ballet.

Com direção e coordenação de Inês Bogêa a série de documentário traz nomes como Ismael Guiser, Ivonice Satie, Ady Addor, Marilena Ansaldi, Penha de Souza, Ruth Rachou, Luis Arrieta, Hulda Bittencourt, Tatiana Leskova, Angel Vianna, Antonio Carlos Cardoso, Carlos Moraes, Décio Otero, Márcia Haydé, Sônia Mota, Ana Botafogo, entre muitos outros apresentando imagens históricas, espetáculos de dança, entrevistas e depoimentos de  outros profissionais atuantes da dança brasileira.

Entre os espetáculos e montagens que a São Paulo Companhia de Dança já apresentou, nestes 10 anos de existência, se encontram Polígono, de 2008, com direção, coreografia e concepção cênica de Alessio Silvestrin. Com 24 bailarinos o espetáculo explora a musicalidade de Bach através de movimento num palco com cenário de painéis e tules.

Entreato, lançado no mesmo ano, com coreografia de Paulo Caldas e música original composta por Sacha Ambac, apresenta uma montagem menor com apenas 4 bailarinos e duração de 20 minutos. Inovador e com uma proposta de metalinguagem, a peça apresenta também projeção em vídeo criando interferências entre o movimento na tela e no palco. Em 2009 a companhia apresentou dois grandes espetáculos: Ballo, com coreografia de Ricardo Scheir e 34 bailarinos em cena, apresentando uma alegoria com personagens da mitologia grega e Passanoite com coreografia de Daniela Cardim. Este último apresentando o uso da técnica clássica sob o olhar contemporâneo baseado em puro movimento.

Os Duplos foi o espetáculo de maior destaque em 2010. Com Maurício de Oliveira assinando a coreografia e também a iluminação, o espetáculo contou com 8 bailarinos intérpretes criando uma relação através dos pares, de espelho, de ambiguidade, de duplicidade. O espetáculo estreou no Teatro Guaíra, em Curitiba.

Henrique Rodovalho assina a coreografia de Inquieto, espetáculo apresentado em 2011 sobre as três fases do desassossego. Contando com um elenco de 11 bailarinos-intérpretes o espetáculo traduz através do movimento e da performance as diferentes inquietudes diante do mundo:

[…] uma velada, aparentemente imóvel, que transparece em pequenos gestos quase incontroláveis; outra determinada, como uma linha que risca de forma direta todo o espaço da cena; e outra traduzida propriamente em movimento: o corpo em suas diferentes articulações, conexões e sinuosidades expandidas no espaço. No desenvolvimento da peça, o terceiro personagem se desdobra em dez: os movimentos se multiplicam, passam pelos distintos intérpretes, como se fossem um. A música de André Abujamra cria o ambiente e revela as dinâmicas da obra. Imobilidade e movimento, sombra e luz, linhas retas e sinuosas. As polaridades vistas na cena nos instigam a interrogações em torno do espaço e suas possibilidades e invenções revelam um pouco da apreensão cotidiana. texto extraído do site oficial da companhia.

2012 foi um ano importantíssimo para a companhia com quatro espetáculos de destaque na programação: Bachianas Nº1, inspirado pela Bachianas Brasileiras n°1, de Heitor Villa-Lobos, o grande mestre Rodrigo Pederneiras assina a coreografia com assistência de Ana Paula Cançado e execução de Violoncelistas da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) com participação especial de Antonio Meneses e regência de Roberto Minczuk.

O espetáculo Pormenores com coreografia de Alex Neoral traz Johann Sebastian Bach na trilha sonora criando uma peça intimista sobre a Andante da Sonata n°2 e Sarabande da Partita n°1, para violino solo. Com influências da cultura afro-brasileira Azougue traz a sonoridade dos tambores para a coreografia de Rui Moreira, que também assina as composições de trilha ao lado de Lobi Traoré. 

Mamihlapinatapai também de 2012, com Jomar Mesquita na coreografia e colaboração de Rodrigo de Castro, traz um espetáculo que trata da relação de desejo entre homem e mulher através da dança de salão. A trilha sonora do espetáculo mistura diferentes sonoridades: Marina de La Riva, composição de Silvio Rodrígues (Te Amaré Y Después); Rodrigo Leão (No Se Nada); e Cris Scabello (Tema final); Cartola e Grupo Planetangos (As Rosas não Falam).

Um olhar compartilhado por duas pessoas, cada uma desejando que a outra tome uma iniciativa para que algo aconteça, porém, nenhuma delas age. Este é significado de Mamihlapinatapai, palavra indígena originária da língua yaghan, de uma tribo da Terra do Fogo. O coreógrafo Jomar Mesquita utiliza elementos desconstruídos da dança de salão para criar a peça. texto extraído do site da companhia.

De 2013 pra cá, o repertório da São Paulo Companhia de Dança expandiu cada vez mais os olhares das três vertentes trabalhadas pela companhia. Entre releituras de clássicos como Romeu e Julieta (2013), Cisne Negro (2014), Le Spectre de La Rose (2014), La Sylphide (2014) e Dom Quixote (2015), a SPCD deu vida também a espetáculos que transitam entre o moderno e o contemporâneo como Vadiando (2013) com coreografia de Ana VitóriaUtopia Ou O Lugar Que Não Existe (2013) com coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, GEN (2014) com coreografia de Cassi Abranches, Céu Cinzeto (2015), e Primavera Fria (2017) de Clébio Oliveira, Litoral (2015), de Maurício Wainrot, Epiderme (2015) de Binho Pacheco, Pivô (2016) de Fabiano Lima, Instante (2017) de Lucas Lima, Petrichor (2018) com coreografia de Thiago Bordin, entre muitos outros.

Assim como apresentou repertório de coreógrafos internacionais como o canadense Édouard Lock que assina o espetáculo The Seasons, apresentando em 2014 e o italiano Giovanni Di Palma com o espetáculo Pulcinella baseado na história de Os Quatro Pulcinellas, de um manuscrito de comédias do folclore napolitano e o americano Richard Siegal assinando a coreografia do espetáculo Six Odd Pearls de 2016 inspirado nas composições barrocas de Jean-Phippe Rameau.

A São Paulo Companhia de Dança realiza um trabalho muito rico em memória, didática e fomento à arte, promovendo encontro, conhecimento e experiência através da dança e de seus projetos. Nos vídeos abaixo você confere um pouco mais sobre o trabalho da SPCD:

Espetáculo GEN (2014) – coreografia de Cassi Abranches:

Espetáculo Céu Cinzento (2015) – de Clébio Oliveira:

No vídeo abaixo você confere uma parte do Espetáculo Grand Pax De Deux de O Cisne Negro com coreografia de Mario Galizzi a partir do original de 1895 de Marius Petipa e música de Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893):

Quer saber mais sobre a São Paulo Companhia de Dança? Acompanhe através dos links abaixo:

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