Resident Evil – Afterlife uma das melhores trilhas sonoras de Hollywood!

Resident Evil é uma das franquias de vídeo game e filmes mais conhecidas e amadas (ou odiadas) mundialmente. E você confere aqui no NA-NU uma matéria exclusiva sobre a trilha sonora do quarto filme da franquia – Recomeço (Afterlife)!

Assim como toda a geração de filmes de ação de Hollywood dos anos 2000 (como Matrix e Tron – O Legado por exemplo) os produtores de Resident Evil não pouparam esforços (e $$) em efeitos visuais e na trilha sonora, solicitando grandes nomes da produção de música eletrônica a aderir o cast na composição sonora dos filmes. De uma sequência de três filmes cronológicos (Hóspede Maldito, Appocalipse e Extinção) com trilha sonora a partir da cessão de direitos autorais, Paul W. S. Anderson arrasou em Resident Evil 4 – Recomeço (Afterlife) ao chamar Tomandandy pra assinar a trilha sonora do filme.

O projeto Tomandandy é um duo formado por dois pioneiros da música eletrônica: Andy Milburn e Thomas Hajdu. Os dois se conheceram na Universidade de Princeton em meados dos anos 1980.  Andy Milburn estudava pós graduação e desenvolvia aplicativos de música para computador, já Thomas Hajdu se mudou do Canadá para os EUA para trabalhar em seus estudos sobre o impacto da tecnologia em conteúdo, realizando conferências e palestras ao alto escalão do TED, MIT Enterprise Forum e Hollywood Digital.

Tomandandy surgiu em seguida a partir de pequenas contribuições em projetos do diretor Mark Pellington. Das vinhetas e trilhas pra MTV aos comerciais, programas de TV e também instalações de arte, Tomandandy foi trilhando um caminho a partir de inovações tecnológicas com foco no entretenimento digital, até chegar a indústria cinematográfica. A parceria, inclusive, rendeu  composições de trilha sonora de mais de 40 projetos entre filmes e séries.

Studio na Colab55

Resident Evil 4 – Recomeço é o quarto filme da saga e explora uma continuidade no roteiro criado pelo diretor – que até o 3º filme ambientava a personagem Alice num mundo apocalíptico de zumbis mas com referências muito rasas do game. Seguindo a mesma premissa, mas avançando na história e trazendo mais do game pro filme, Recomeço apresenta a evolução dos avanços tecnológicos na indústria cinematográfica e é o filme que mais se aproxima do game. Em termos técnicos o filme traz uma fotografia surreal e uma qualidade de imagem que surpreende – levando em conta que o filme foi lançado há 7 anos e de lá pra cá Hollywood tem desenvolvido mais e mais filmes com efeitos visuais arrebatadores.

Em questão de roteiro o filme permanece no mais do mesmo, puxando sempre a premissa original do apocalipse zumbi (que também é a ideia do game) e mantendo os finais abertos que indicam a continuação da história e a eterna luta contra Umbrella Corporation. O mesmo vale pra interpretação dos personagens que não se exige muito, afinal a premissa está relacionada à ação e não aos diálogos ou o peso deles no roteiro. Além das tentativas de inserir os personagens marcantes do game no filme, Paul finalmente acertou na adaptação a essência de Resident Evil.  Nesse ponto, onde o filme traz muito mais ação, porrada e carnificina por armas de fogo é que Paul acertou na aproximação do vídeo game.

Mesmo que ainda no game a história tenha relevância, a expectativa na adaptação para o filme sempre é a de que ação e os efeitos tenham maior valor no quesito qualidade do que o enredo em si. Da direção de arte o filme arrasa trazendo uma paleta de cores predominante em Preto, Roxo e Vermelho e puxando nuances de tons escuros e terrosos – que é muito característico das ficções hollywoodianas com futuros planetas Terra dominados por máquinas ou arruinados pela ganância do homem.

Resident Evil 4 – Recomeço (Afterlife) é sem dúvidas uma super obra cinematográfica no que diz respeito à questões técnicas e é o filme que mais se aproxima do game, justamente por entrelaçar a história e trazer mais ação do que diálogo as cenas. Mas o que o difere dos filmes anteriores e faz dele uma peculiaridade dentro da saga está mais voltado aos ouvidos do que aos olhos. E é a trilha sonora que mais contribui pra isso! O desenho de som e a trilha trazem esse diferencial pela sintonia com as imagens, pela criação e composição de músicas que se ajustam perfeitamente a ação que acontece na tela.

Já na cena de abertura – sensacional inclusive com os takes maravilhosos dos guarda-chuvas – a trilha sonora mostra em menos de um minuto o que esperar do filme. Numa sincronia fantástica com a montagem, Tokyo – nome da música que abre o filme –  traz uma mistura de batidas graves, solos distorcidos de guitarra e ruídos introduzindo a viradinha que marca as cenas de suspense nos três filmes anteriores. A mudança do tom junto com os takes em slow mostram a composição perfeita da sintonia entre montagem e trilha. E quando você acha que aquela dança lenta e ao mesmo tensa vai continuar, rola um corte seco na trilha introduzindo a carnificina que se segue no filme.

Diferente dos três primeiros filmes – que apesar de ter muita ação, sangue, explosões e tiros, mas uma ênfase maior no enredo e nas conexões entre eles – Recomeço fecha o nó da trama e arrebenta com tudo trazendo o game pra dentro da tela. Prova disso é a cena do AxeMan no banheiro com Alice e Claire. Com uma introdução rasgada e uma pegada mais rock’n’roll AxeMan traz uma sonoridade com guitarra nas viradinhas e efeitos sonoros com vozes e gemidos . Outro destaque da trilha que segue essa linha é Los Angeles, trazendo referências do heavy metal, essa cena traz uma composição mais densa e mais pesada alinhada a ação que acontece na tela.

Umbrella é outro tema sensacional, que inclusive se mantém no quinto filme. Assim como Arcadia que apesar de parecer mais uma música ambiente, por ser uma melodia mais simples, dá o tom da cena. De todas as composições criadas para Resident Evil 4 – Recomeço (Afterlife) não é possível destacar uma, duas ou três, ou escolher uma favorita. Todas elas tem sua peculiaridade em conformidade com o filme. É impossível ouvir a trilha sonora sem lembrar das cenas, assim como ao assistir o filme não tem como pensar em outra trilha sonora, tamanha é a sintonia entre imagem e som. E a parceria entre Tomandandy e Paul W. S. Anderson foi tão certeira que o duo permaneceu no posto no quinto filme – Retribuição.

O NA-NU super indica pra você conferir a trilha na íntegra (aqui) e assistir ou reassistir o filme e/ou a saga completa. Quer saber mais curiosidades sobre Cinema? Continue NA-NUZEANDO!

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